LOISAS
double triple smile
Não sei o momento exacto em que foi planeado este, não me recordo em que circustâncias o delineámos, não sei o episódio, não recordo a conversa, não se me fixou um manifesto, não se me prendeu o motivo, a razão, o querer de, o querer para, o de, o para, o porquê, o então, o para onde e para aonde, não me lembro não.
Não adjectivo um momento, não tenho um predicado que o triangule, nem uma preposição ou advérbio por aqui anda!
Fica a conversa solta de temas ao acaso escolhidos, entre nós - conversa de café em frente a uma pantalha! Gostinho bom conversar assim!
Ópera de mim, a escrita, a palavra ao alto, o texto entre ti e mim, esta palavra que brota sempre e me serve e de que me sirvo, assim, cru, aos meus amigos como tu.
Testamento de mim, o lastro que vou deixando em conversas contigo.
Palavra de mim, palavra de mim, verbo de mim, converso por aqui contigo e converso. Verso, estrofe, vai um poema também?
Deixo-me à rédea solta assim, descrevendo-me aqui para ti e para outros - partilhando-me.
Ensaio pensamentos em spontaneous prose (d'aprés Kerouac), espraio-me todo por aqui.
Sabe-me sempre bem isto, para que me sobrevenha a vontade sobre a distância entristecedora do momento.
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